Adcap Net 01/12/2020 – Accenture sob suspeita e Correios é a transportadora preferida na Black Fridey e na Cyber Money – Veja mais!
Empresa suspeita de superfaturamento nos Correios é contratada para analisar privatização da estatal
Estadão
01/12/2020
Apuração interna à qual o Estadão teve o apontou prejuízo de R$ 10,9 milhões em negócio fechado em 2017 com a Accenture
Responsável por elaborar um plano para a privatização dos Correios, a consultoria Accenture é suspeita de superfaturar contratos com a própria estatal e com uma subsidiária. Apuração interna feita pela companhia pública, à qual o Estadão teve o, apontou prejuízo de R$ 10,9 milhões em negócio fechado em 2017. O Ministério Público Federal apura este acordo e um negócio anterior da empresa, firmado um ano antes, no valor de R$ 36 milhões.
Mesmo assim, a consultoria foi escolhida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em agosto deste ano para realizar estudos a fim de conceder à iniciativa privada os serviços postais no Brasil. A licitação aberta pelo banco foi vencida pelo consórcio Postar – que além da Accenture inclui o escritório Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados – e prevê o pagamento de R$ 7,89 milhões. A privatização da empresa, atualmente presidida pelo general Floriano Peixoto, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro.
O contrato que a investigação interna dos Correios concluiu ter sido superfaturado foi fechado entre a Accenture e a CorreiosPar, braço de investimentos da estatal, extinta no ano ado. O valor inicial do negócio era de R$ 11,1 milhões, mas saltou para R$ 44,4 milhões depois de assinado. A contratação da consultoria, feita sem licitação, teve como justificativa a prestação de assessoria para negociação de ativos da empresa pública e na busca de novas parcerias.
Relatório sigiloso da corregedoria dos Correios afirma que o acréscimo no valor do contrato foi feito “sem justificativa”. A apuração também concluiu que diversas partes do acordo não foram cumpridas e parcerias propostas pela consultoria nunca saíram do papel. “A quadruplicação indevida do valor global na contratação da Accenture gerou prejuízo aos cofres do Grupo Correios no valor de R$ 10.966.164,83”, diz relatório do dia 6 deste mês. Documentos internos, no entanto, mostram que as irregularidades eram conhecidas desde o fim do ano ado.
O BNDES afirma que chegou a consultar os Correios sobre a contratação da Accenture, mas não foi informado sobre qualquer irregularidade. “Investigações de companhias estatais são, por natureza, internas, não havendo previsão legal de que o BNDES tome conhecimento das mesmas”, disse o banco, que informou não ter encontrado qualquer impedimento para a contratação da consultoria.
A conclusão da corregedoria dos Correios é de que a alteração no contrato que elevou em três vezes o valor a ser pago para a Accenture partiu da cúpula da estatal, à época comandada pelo ex-deputado Guilherme Campos (PSD-SP), indicado ao cargo pelo então ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD). Ele deixou a companhia pública em 2018.
“A iniciativa de alterar, indevidamente, o valor global da contratação partiu de dentro da empresa (Correios)”, diz outro trecho do relatório. A corregedoria cobra de Campos e de outros cinco exdiretores a devolução dos R$ 10,9 milhões apontados como prejuízo. Também considerada responsável pelo superfaturamento no contrato, a analista Célia Regina Pereira Lima Negrão é a única que continua até hoje trabalhando nos Correios.
A apuração interna, no entanto, não aponta qualquer responsabilidade da Accenture nas
irregularidades, limitando-se aos funcionários da própria estatal. O relatório deve ser encaminhado nos próximos dias ao Ministério Público Federal, que já apura o caso em uma investigação própria, ainda em fase inicial, e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Os procuradores também analisam se houve irregularidades num contrato anterior da mesma empresa, desta vez com os próprios Correios. O negócio, firmado sem licitação, previa o pagamento de R$ 29 milhões para o serviço de consultoria técnica especializada. Um aditivo assinado no mesmo ano aumentou em R$ 7 milhões o valor do acordo. A suspeita de que também possa ter ocorrido superfaturamento levou o Ministério Público Federal a abrir um novo procedimento em março deste ano.
Empresa diz estar apta a fechar contratos com o poder público
Em nota, a Accenture afirma não possuir nenhuma restrição para fechar negócios com o poder público. A empresa alega que o TCU já auditou o contrato com a CorreiosPar em 2017, mesmo ano da do contrato, e concluiu não haver qualquer irregularidade.
A corregedoria dos Correios, no entanto, recomendou uma tomada de contas especiais, procedimento adotado pelo TCU para que a istração pública seja ressarcida de eventuais prejuízos.
“A Accenture não tem restrições quanto a sua idoneidade e está apta a participar de qualquer licitação pública”, diz a empresa, em nota.
Os Correios, por sua vez, não quiseram dar mais detalhes da investigação interna e informaram que não possuem, atualmente, nenhum contrato vigente com a Accenture. “A empresa também informa que não comenta possíveis investigações ou processos disciplinares em andamento. Vale ressaltar, ainda, que os Correios não têm responsabilidade na contratação do referido consórcio (pelo BNDES). Os Correios também não emitiram nenhum posicionamento com relação à participação de seus funcionários e ex-funcionários no suposto superfaturamento.”
Também procurado, Guilherme Campos disse ao Estadão que não foi notificado pela corregedoria dos Correios sobre a investigação, nem sobre a necessidade de ressarcimento à empresa. Ele itiu que teve a participação na aprovação de outro acordo de consultoria fechado com Accenture, esse pelo próprio Correios, no valor de R$ 29 milhões. “Não fui notificado de nenhuma apuração. Pelo menos para eu fazer a defesa, não foi notificado. Não estou duvidando, mas eu desconheço. Tenho plena confiança de tudo o que eu fiz”, afirmou o ex-presidente da estatal.
A reportagem não conseguiu contato com a funcionária Célia Regina Pereira Lima Negrão
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A narrativa de privatização dos Correios fica cada vez mais fraca quando você se aprofunda no assunto. Os Correios hoje são uma Empresa que, além de cumprir sua missão pública, ainda é muito lucrativa e gera riquezas para mim, para você, para todos os brasileiros, que são os verdadeiros donos da Estatal. Pense nisso. Uma empresa que é sua, que funciona e gera dividendos para o País não pode ser vendida, destruída, desmanchada, para beneficiar uns poucos. O Congresso e a Sociedade precisam reagir!
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Correios é a transportadora mais escolhida na Black Friday e na Cyber Monday
A informação é da Melhor Envio, plataforma que integra lojas on-line a transportadoras; segundo a empresa, a estatal foi escolhida por 65% dos lojistas como forma de envio
Valor
30/11/2020
Na sexta-feira (27) de Black Friday e nesta segunda (30), data oficial da Cyber Monday, os Correios foi a companhia de transporte mais escolhida pelos lojistas na startup Melhor Envio, uma plataforma que integra lojas on-line a transportadoras.
A estatal foi escolhida por 65% dos lojistas como forma de envio. Destes, 49% preferiram envios por Sedex, 43% usaram PAC e 8%, Mini Envios. Os números consideram pedidos de sexta-feira até as 16h de hoje.
Transportadoras privadas
A transportadora JadLog foi a segunda opção de envio mais escolhida pelo público no Melhor Envio. Ficando com o primeiro lugar entre as transportadoras privadas, com 33% das escolhas.
Entre os que selecionaram a JadLog, 68% optaram pelo serviço expresso e 32% escolheram o frete comum, de maior prazo e custos mais baixos.
O restante dos envios está sendo realizado pela Via Brasil e Latam Cargo.
A segunda-feira está concentrando o maior pico de procura por fretes na plataforma. Nesta Cyber Monday, evento promocional que ocorre exclusivamente no varejo on-line, a plataforma registrou um aumento de 33% nos envios pagos em comparação aos efetuados na sexta-feira, data oficial da Black Friday.
A comparação é feita com pedidos de entrega registrados até as 16h de cada dia. Considerando os dados parciais da Cyber Monday, a startup logística projeta mais de 350% de crescimento com relação à Cyber Monday de 2019.
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Nos EUA, berço do liberalismo, o serviço postal é público. A diferença com relação ao correio brasileiro é apenas que, por aqui, os Correios não dependem de recursos do Estado, como acontece por lá. Deveríamos nos orgulhar disso e não pensar em privatizar o que deve ser público. Diga não ao apagão postal!
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