ELEIÇÕES POSTALIS 2017 – ADCAP Entrevista MAURICIO FORTES GARCIA LORENZO
ADCAP Entrevista
8 perguntas ao Candidato
Hoje a nossa entrevista será com MAURICIO FORTES GARCIA LORENZO, Secretário-Geral da ADCAP, que concorre a uma vaga de membro do Conselho Fiscal do Postalis.
ADCAP Entrevista: Inicialmente, conte-nos um pouco da sua história nos Correios e na ADCAP.
Maurício Lorenzo: Eu ingressei nos Correios em 1985, por concurso público, como bolsista na Escola Superior de istração Postal (ESAP), em Brasília-DF. Sou Analista de Correios Sênior, tendo trabalhado na Diretoria Regional da Bahia e na istração Central da Empresa, exercendo diversas funções como Gerente de CDD, Gerente da Agência Central, Subgerente de Atendimento, Gerente de Região Operacional, Gerente de Atendimento, Coordenador Regional de Negócios (DR/BA); Subchefe de Departamento, Analista XI e Gerente Corporativo (istração Central).
Já na ADCAP ingressei tão logo cheguei na DR/BA, após a conclusão do curso de istração Postal, em 1987. Desde então tenho tido uma proximidade muito grande com a Associação e a partir de 1992 comecei a exercer cargos de direção. Fui Presidente do núcleo por duas vezes, Vice-Presidente e Presidente do Conselho Fiscal. Na ADCAP Nacional compus diversas vezes a Diretoria Executiva como Diretor de Comunicação, Diretor de Relações Externas e atualmente como Secretário-Geral, no exercício da Vice-Presidência.
AE: Descreva a sua formação acadêmica.
ML: Além da formação em istração Postal, realizada na ESAP, também tenho graduação em istração pela UPIS-DF. Posteriormente, já em Salvador-BA, fiz a Especialização em istração e o Mestrado Acadêmico em istração, na Universidade Federal da Bahia, e iniciei também uma carreira acadêmica de professor de cursos de graduação e pós-graduação.
Atualmente estou cursando o MBA em Economia e Gestão: Previdência Complementar, na FGV-DF, com a finalidade de me qualificar permanentemente para a atuação como Dirigente da ADCAP e, se eleito, para o exercício do cargo de Conselheiro do Postalis.
AE: Como surgiu o seu interesse pela gestão do Postalis?
ML: A situação do Postalis despertou inicialmente a nossa atenção em 1995, quando se teve notícias de graves desequilíbrios atuariais. Entretanto, com o saldamento do plano BD em 2008 e com a assunção do pagamento da RTSA pelos Correios, havia a expectativa de que os citados problemas estariam sanados.
Entretanto, as notícias que começaram a surgir a partir de 2011 de investimentos que não performaram, com a suspeita de gestão ruinosa do fundo de pensão, que culminaram no primeiro equacionamento em 2013, acenderam novamente a luz de alerta. Em 2014, a ADCAP, em conjunto com outras entidades, requereu à PREVIC a intervenção na gestão do Postalis. Em 2015 conseguimos suspender o equacionamento aprovado pelo Conselho Deliberativo do Postalis, de 25,98% do valor do benefício. Tive oportunidade de colaborar na construção das ações judiciais que conseguiram adiar a aplicação do equacionamento. Participei de reuniões de negociação na PREVIC e no Ministério das Comunicações, que resultaram no TAC firmado entre a PREVIC e o Postalis. Em 2016, ingressamos com 4 (quatro) ações judiciais, questionando o equacionamento de 17,92% aplicado, a gestão ruinosa do Postalis e a suspensão do pagamento da RTSA pelos Correios. É uma longa e dura disputa judicial, mas jamais desistiremos dela.
AE: Por que se candidatou ao Conselho Fiscal dos Postalis?
ML: Acredito que devemos combinar o controle externo, que fazemos pela ADCAP e por outras entidades representativas, com o controle interno exercido pelos órgãos colegiados, que contam com representantes eleitos dos participantes e assistidos. A participação nos órgãos colegiados é um direito decorrente da lei e do estatuto do Postalis.
Para tanto, precisamos eleger representantes preparados e comprometidos com a defesa dos interesses dos participantes e assistidos. Por acreditar que possuo um perfil compatível com essas exigências, inscrevi-me nas prévias promovidas pela ADCAP e fui o mais votado dentre os 7(sete) candidatos, com 42% dos votos válidos. Desta forma, qualifiquei-me para compor a Chapa apoiada pela ADCAP, com Fábio Geraldo Oliveira Conde, que também obteve votação expressiva.
AE: Quais são as suas propostas para a atuação no Conselho Fiscal caso seja eleito.
Resumidamente, estabelecemos a nossa plataforma com as propostas para atuação no Conselho Fiscal do Postalis em quatro pontos, sendo eles:
a) qualificar a atuação do Conselho Fiscal de acordo com as melhores práticas contábeis e de governança, conforme orientações da PREVIC, e do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – Não há dúvidas de que os graves problemas que o Postalis vem enfrentando decorreram, em grande parte, das deficiências da governança corporativa do Instituto. Precisamos rever práticas, códigos de conduta e gerar valor para os participantes e assistidos;
b) interagir de forma positiva com os demais representantes eleitos na defesa dos interesses dos participantes e assistidos do Postalis – além de buscar a convergência de interesses com os demais membros do conselho fiscal, é necessário criar um espaço específico de atuação com os demais representantes eleitos, no Conselho Deliberativo e na Diretoria Executiva, para discussão e implantação de uma pauta mínima conjunta de interesse dos participantes e assistidos; c) contribuir com um intenso trabalho para a recuperação do Postalis – é preciso melhorar o desempenho econômico-financeiro do Instituto, reduzindo despesas e profissionalizando permanentemente a gestão, sobretudo na área de investimentos; d) apoiar as ações de enfrentamento do déficit atuarial do plano BD, contra os equacionamentos que oneram os participantes e assistidos e pela responsabilização das empresas, entidades e pessoas que deram causa aos prejuízos – Como membro do Conselho Fiscal, atuarei fortemente no apoio às medidas que visem mitigar os efeitos dos equacionamentos para os participantes e assistidos, nas esferas judicial e istrativa.
AE: Por que se considera apto a exercer o cargo de Conselheiro no Postalis?
ML: Nos últimos anos, como Dirigente da ADCAP, tenho interagido com diversos atores do sistema de previdência complementar: dirigentes de fundos de pensão, de órgãos reguladores e de órgãos de controle; advogados e especialistas do setor; autoridades do Congresso Nacional e dos Ministérios envolvidos; membros da Comissão Parlamentar de Inquérito, para tratar dos assuntos relacionados à situação do Postalis. A experiência e o conhecimento adquiridos certamente serão importantes para o exercício do cargo de Conselheiro do Postalis.
Além disso, creio que a minha experiência profissional e a minha sólida formação acadêmica também me qualificam para o exercício do cargo de Conselheiro Fiscal do Postalis. Nesse sentido, ingressei no ano ado no MBA em Economia e Gestão – Previdência Complementar, da Fundação Getúlio Vargas – FGV em Brasília-DF, para aumentar os meus conhecimentos em áreas como fiscalização e regime repressivo; gestão e supervisão baseada em risco; fiscalização em entidades fechadas de previdência complementar, fundamentos de atuária, dentre outros conhecimentos necessários a um membro de órgão colegiado do Postalis.
AE: De forma geral, como você enxerga a atual composição dos órgãos colegiados do Postalis?
ML: No que concerne aos representantes dos participantes e assistidos, acredito que tivemos uma evolução na qualificação dos órgãos colegiados, com a eleição em 2015 de Sérgio Bleasby para o Conselho Deliberativo e de Ângelo Donga para o Conselho Fiscal, além da eleição em 2016 de Luiz Alberto em 2016 para Diretor istrativo-Financeiro. Sem dúvida, temos agora uma excelente oportunidade de eleger mais três Conselheiros e um Diretor, por isso é importante escolher também candidatos igualmente preparados. A articulação de metade da composição dos órgãos colegiados, formada por representantes eleitos qualificados e imbuídos do propósito de recuperar o instituto, será determinante para a melhoria dos resultados do Postalis, que é o que todos desejam.
AE: Qual a sua mensagem para os participantes e assistidos do Postalis?
ML: Apesar de todas as dificuldades que os participantes e assistidos estão enfrentando, com os efeitos danosos dos equacionamentos sucessivos sobre os salários e benefícios, com o noticiário recorrente envolvendo suspeitas de gestão fraudulenta dos fundos de investimento do Instituto, creio que é preciso deixar uma mensagem de que é possível recuperar o Postalis e resgatar os nossos sonhos de mais segurança para as nossas aposentadorias e para as nossas famílias. Afinal, não faria nenhum sentido candidatar-me se não acreditasse nisso.
No Conselho Fiscal, seremos intensamente vigilantes. Mas também contribuiremos com as propostas dos demais órgãos colegiados que visem o bem-estar dos participantes e assistidos.
Não faltará empenho, nem meu nem do Fabio Conde, na atuação no Conselho Fiscal. Como não faltará transparência na divulgação dos nossos posicionamentos e dos nossos votos.
Por fim, peço um voto de confiança em pessoas que sempre demonstraram compromisso com os interesses dos participantes e assistidos. Votem:
CONSELHO FISCAL: CHAPA 30 – Maurício e Fábio
CONSELHO DELIBERATIVO 1: CHAPA 33 – Edgard e França
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